Gabriel Machado Leite, apontado pelas investigações como intermediário no assassinato de Letycia, foi encontrado em descumprimento da tornozeleira eletrônica e será transferido para uma unidade prisional. Gabriel Machado Leite chegando na delegacia, em Campos, RJ
Renato Filho/G1
Gabriel Machado Leite, apontado pelas investigações como o intermediário entre Diogo Nadai e os executores do assassinato de Letycia Peixoto, foi preso novamente na manhã desta sexta-feira (21), em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, após violar as condições de sua prisão domiciliar.
A prisão aconteceu devido ao uso inadequado da tornozeleira eletrônica, um dispositivo de monitoramento eletrônico que ele deveria estar utilizando para cumprir a pena em casa.
Gabriel foi encontrado no momento em que chegava em sua residência, na Rua Oscar Pereira da Silva, no Parque São José, em Guarus, distrito de Campos.
Ele será transferido ainda nesta sexta-feira (21) para uma unidade prisional, onde aguardará julgamento.
Relembre o crime
Letycia Peixoto Fonseca estava grávida de 8 meses quando foi atingida por vários tiros em Campos
Reprodução redes sociais e circuito de segurança
O caso de Letycia Peixoto, 31 anos, que estava grávida de oito meses, ganhou grande repercussão em 2023, quando a vítima foi assassinada de maneira brutal.
Letycia estava dentro do carro da empresa em que trabalhava, estacionado na frente de sua residência, no dia 3 de março de 2023, quando dois homens em uma motocicleta se aproximaram e dispararam vários tiros contra ela.
O crime chocou a cidade, principalmente devido à gravidez de Letycia e à forma violenta como foi executado. Ela morreu na hora, e a criança também não sobreviveu.
Diogo Nadai, que na época tinha um relacionamento amoroso com Letycia, é apontado pela polícia como o mandante do crime. No enterro de Letycia, Diogo compareceu e chegou a segurar o caixão do bebê Hugo.
Diogo Viola de Nadai e Letycia Peixoto Fonseca; a gestante foi morta a tiros em 2023, em Campos, RJ
Reprodução
De acordo com as investigações, Gabriel Machado Leite foi o responsável por contratar os assassinos a mando de Nadai.
A motivação para o crime estaria relacionada a um possível desentendimento entre o casal, mas também há especulações sobre interesses financeiros ligados ao relacionamento de Letycia.
A população aguarda justiça para Letycia e seu filho, e os suspeitos de envolvimento no crime, seguem detidos enquanto as investigações prosseguem.
Quantas pessoas apontadas como envolvidas e presas?
Até o momento, quatro pessoas foram presas em conexão com o assassinato de Letycia Peixoto Fonseca, segundo as investigações:
Diogo Viola de Nadai: Companheiro de Letycia e apontado como mandante do crime.
Gabriel Machado Leite: Apontado como intermediário entre Diogo e os executores.
Dayson dos Santos Nascimento: Condutor da motocicleta utilizada no crime.
Fabiano Conceição da Silva: Executor do homicídio.
As investigações também apontam a participação de uma quinta pessoa no plano, que ainda não identificada.
Já houve julgamento?
Até o momento, o caso de Letycia Peixoto passou por diversas audiências e julgamentos.
Em 18 de maio de 2023, ocorreu a primeira audiência de instrução e julgamento, onde foram ouvidas 50 testemunhas, incluindo familiares e amigos da vítima.
Em 19 de fevereiro de 2024, o juiz da 1ª Vara Criminal de Campos pronunciou os acusados, decidindo que seriam levados a júri popular.
Em 21 de fevereiro de 2025, três réus foram agendados para julgamento pelo Tribunal do Júri em 21 de maio de 2025.
O réu Diogo Viola de Nadai, apontado como mandante do crime, preso em março de 2023, teve seu recurso analisado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em 25 de fevereiro de 2025, e permanece detido na cidade de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, aguardando julgamento.
O que diz a defesa dos réus?
Diogo Viola de Nadai, apontado como mandante do crime
A defesa de Diogo Viola de Nadai tem argumentado que ele não seria o responsável pelo assassinato de Letycia, que ele não teria agido com a intenção de matar e que Diogo não foi o mandante do crime.
Ainda de acordo com a defesa de Diogo, os motivos apresentados pela acusação não seriam suficientes para sustentá-lo como responsável pelo homicídio. A defesa também pediu a liberdade provisória do acusado, argumentando que ele não representa risco à ordem pública, mas os pedidos foram negados pela Justiça, mantendo a prisão preventiva.
Gabriel Machado Leite, apontado como intermediário entre Diogo e os executores
A defesa de Gabriel Machado Leite, que é acusado de contratar os assassinos a mando de Diogo, argumenta que ele não teria agido com o intuito de causar a morte de Letycia e questiona a credibilidade de algumas das testemunhas e evidências reunidas pela polícia.
Fabiano Conceição da Silva e Dayson dos Santos Nascimento, apontados como executores
As defesas dos executores do crime alegam que não havia provas suficientes para incriminá-los de forma tão contundente, e que suas ações poderiam ser atribuídas a uma execução sem intenção de causar a morte de Letycia, apenas cumprindo ordens.
Homem acusado de envolvimento na morte de Letycia Peixoto, em Campos, é preso novamente por violar prisão domiciliar
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